Recent news in Food & Feed Analysis
- Home
- /
- Análise de alergênicos com...
Análise de alergênicos com teste PCR
Para proteger os alérgicos, ingredientes alergênicos precisam ser rotulados. Na análise de alimentos para detectar alergênicos, a maioria dos laboratórios utiliza métodos imunológicos, como o ELISA. No entanto, o uso da PCR na análise de alergênicos é um tema controverso – ainda assim, ela deve desempenhar um papel central na gestão de alergênicos.
Alergias alimentares são um tipo de intolerância em que substâncias específicas desencadeiam uma reação imunológica. Essa reação alérgica é causada por proteínas. Ao testar alimentos para alergênicos, métodos imunológicos que visam proteínas específicas são uma opção óbvia. Além disso, métodos imunológicos estão bem estabelecidos na análise de alergênicos e ainda são considerados o padrão-ouro. Contudo, de acordo com a Diretiva Europeia (1169/2011), os produtores de alimentos devem rotular o ingrediente, e não a proteína alergênica específica. Isso significa que os métodos de detecção de alergênicos não precisam se limitar à detecção da proteína – outras abordagens analíticas, como a análise de DNA, também podem ser aplicadas. Apenas no caso do glúten, o uso de um teste ELISA (método R5-Mendez) é recomendado pelo Codex Alimentarius.
Princípio da PCR
A reação em cadeia da polimerase (PCR) é um método biológico molecular que consiste na duplicação e análise de sequências específicas de DNA. Para mais informações, confira este vídeo. A PCR permite determinar se um DNA específico de animal ou planta está presente em um produto alimentício, sendo frequentemente utilizada para identificação de espécies animais, bem como para a detecção de bactérias, vírus e organismos geneticamente modificados.
Na análise de alergênicos, no entanto, a PCR é controversa. A principal crítica é que a PCR é apenas um indicador indireto do potencial alergênico de um produto alimentício: é possível que um alimento (processado) contenha pouco ou nenhum DNA, mas ainda assim uma grande quantidade de proteína alergênica.
Vantagens da PCR
PCR | ELISA | |
---|---|---|
Detection of | DNA | Protein |
Sensitivity | High to very high; matrix effects are possible | High to very high; matrix effects are possible |
Specificity | Very high | Medium; cross-reactions are possible |
Sample preparation | Standardized | Not standardized |
Test procedure | Very efficient when performing multiple tests; rather complex and expensive for single testing | Simple and inexpensive |
Test result | Qualitative; quantitative evaluation possible using a further conversion factor | Quantitative |
Automation | Fully automatable | Partially automatable |
Multiplex analyses | Possible (3 parameters simultaneously) | Not possible |
Analysis of processed samples | Possible as long as the DNA remains intact | Possible as long as the targeted protein remains intact |
Time requirement | 2 - 3 hours | 0.5 - 2 hours |
Limitações da PCR na análise de alergênicos
A PCR é uma excelente ferramenta complementar aos testes ELISA, especialmente para testes confirmatórios ou para a detecção de parâmetros como aipo ou peixe, nos quais os testes ELISA enfrentam alta reatividade cruzada. No entanto, a PCR tem suas limitações: a detecção de leite e ovo não é possível utilizando PCR, pois a análise identificaria apenas o DNA de vaca ou galinha. Além disso, embora o DNA seja uma molécula altamente estável, ele não resiste a todos os processos: alimentos altamente processados, como óleos vegetais, gelatina, lecitina ou amido, contêm pouco ou nenhum DNA, tornando-se um desafio para os testes de PCR. No geral, todos os métodos disponíveis têm seus prós e contras, e a escolha sempre depende da aplicação específica.